Eu não sei porque isso sempre me acontece, mas a temática da morte sempre adentra dos meus estudos por qualquer caminho que eu queira percorrer.
Então, vamos refletir um pouco sobre ela hoje.
A morte é algo que perturba todos aqueles que estão vivos. Alguns querem morrer, outros apenas tem medo e muitos vivem inconsequentemente, como se ela não fosse uma amiga sempre ao seu lado, sempre a espreita.
Mas, qual o significado de morrer? Efetivamente nós não sabemos. Existem aqueles que acreditam no espiritismo e nas reencarnações. Tem também os que acreditam no paraíso e no inferno e aqueles que não acredita em nada que é um pronto e acabou-se. Tirando esse último, a maioria parte da pré ideia de que existe continuação da vida. Então, morrer seria continuar vivendo em algum outro plano que não podemos estar quando estamos "vivos"?
Escolham a sua concepção do que ocorre depois da morte... porque sinceramente, não foi dela que eu vim falar... quando morrer, aí eu me preocupo com o que é que vai acontecer... vim falar sobre os ensinamentos que a morte traz para nós que estamos vivos. Já pararam para pensar sobre isso??
Escolha a morte de alguém, ou de um animal preferido... pegue qualquer uma e lembre-se... o que é que você sentiu quando aquele ente querido partiu? Aceitou em paz? Sofreu? Sentiu saudade? Se arrependeu das palavras ditas e não ditas? Parou para pensar em tudo aquilo que aquela pessoa fez ou deixou de fazer?
Pois bem, é isso que a morte nos ensina, no final das contas, talvez seja para isso que ela sirva, nos ensinar sobre a vida. Meio contraditório, né? E meio clichê! Mas pura verdade! Não podemos fazer nada pelos que morreram... há não ser rezar, encomendar a alma como se diria... mas pelos vivos, esses sim, por eles nós podemos fazer muita coisa.
Imaginem se pudéssemos perceber o quanto nossa pequena vida, que parece tão longa para a gente, é um piscar de olhos quando se trata da eternidade... o quanto poderíamos valorizar mais o nosso tão breve tempo. Não sabemos quando vamos partir e por isso mesmo devemos aproveitar, para dizer coisas melosas como "eu te amo" e "senti saudade de você", para parar de nos preocuparmos com as fofocas e intrigas do dia a dia... Até porque se vocês pararem para pensar tudo passa... e as próprias fofocas e intrigas do dia se tornam coisas passageiras...
Não estou dizendo para jogarem o jogo da Pollyana, vejam bem, estou dizendo para pensarem no que é essencial para vocês, no que realmente importa. Dinheiro? Carros? Roupas? A última moda dos esmaltes coloridos? A cor do seu cabelo? Os seus livros? Sua casa? A comida do seu filho? A sua comida?
Pois bem, não dá pra jogar tudo fora... afinal, somos humanos e gostamos do conforto da casa, da TV à cabo, do chuveiro quente num dia de frio, de não precisar andar no sol escaldante para ir para o trabalho. Mas é preciso saber administrar o tempo e os relacionamentos e os desejos de consumo da nossa sociedade.
É assim que iremos valorizar mais a vida... o tempo que passamos com as pessoas que estão ao nosso lado... e se vivermos assim, mais fortes, mais saudáveis, mais carinhosos conosco e com os outros, vamos perceber que quando a morte de alguém chegar, quando ela precisar partir, só irá restar as lembranças dos bons momentos vividos, os maus também, eles nos ensinam a viver também.
Tudo se aprende. E se você prestar atenção em mais uma coisinha, vai notar que você sempre está perdendo algo... um fio de cabelo... uma relação... um celular... um copo preferido... a vida é assim um ir e vir constante... apegue-se a sua intemporalidade e perceba o quanto o universo muda e tudo... tudo se transforma... tudo passa... e tudo que passa leva algo consigo e traz algo de novo...
Meio clichê, né? Mas assim é a vida... cheia de clichês...
Enquanto escrevia lembrei de uma sessão, vou chamar assim, da revista Vida Simples.. se não me engano... Gentileza gera gentileza! Lembrem-se disso e assistam o filme "Inquietos", para ajudar a refletir um pouco mais sobre a temática!