segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sobre a morte...

Eu não sei porque isso sempre me acontece, mas a temática da morte sempre adentra dos meus estudos por qualquer caminho que eu queira percorrer.

Então, vamos refletir um pouco sobre ela hoje. 

A morte é algo que perturba todos aqueles que estão vivos. Alguns querem morrer, outros apenas tem medo e muitos vivem inconsequentemente, como se ela não fosse uma amiga sempre ao seu lado, sempre a espreita.

Mas, qual o significado de morrer? Efetivamente nós não sabemos. Existem aqueles que acreditam no espiritismo e nas reencarnações. Tem também os que acreditam no paraíso e no inferno e aqueles que não acredita em nada que é um pronto e acabou-se. Tirando esse último, a maioria parte da pré ideia de que existe continuação da vida. Então, morrer seria continuar vivendo em algum outro plano que não podemos estar quando estamos "vivos"?

Escolham a sua concepção do que ocorre depois da morte... porque sinceramente, não foi dela que eu vim falar... quando morrer, aí eu me preocupo com o que é que vai acontecer... vim falar sobre os ensinamentos que a morte traz para nós que estamos vivos. Já pararam para pensar sobre isso??

Escolha a morte de alguém, ou de um animal preferido... pegue qualquer uma e lembre-se... o que é que você sentiu quando aquele ente querido partiu? Aceitou em paz? Sofreu? Sentiu saudade? Se arrependeu das palavras ditas e não ditas? Parou para pensar em tudo aquilo que aquela pessoa fez ou deixou de fazer?

Pois bem, é isso que a morte nos ensina, no final das contas, talvez seja para isso que ela sirva, nos ensinar sobre a vida. Meio contraditório, né? E meio clichê! Mas pura verdade! Não podemos fazer nada pelos que morreram... há não ser rezar, encomendar a alma como se diria... mas pelos vivos, esses sim, por eles nós podemos fazer muita coisa.

Imaginem se pudéssemos perceber o quanto nossa pequena vida, que parece tão longa para a gente, é um piscar de olhos quando se trata da eternidade... o quanto poderíamos valorizar mais o nosso tão breve tempo. Não sabemos quando vamos partir e por isso mesmo devemos aproveitar, para dizer coisas melosas como "eu te amo" e "senti saudade de você", para  parar de nos preocuparmos com as fofocas e intrigas do dia a dia... Até porque se vocês pararem para pensar tudo passa... e as próprias fofocas e intrigas do dia  se tornam coisas passageiras... 

Não estou dizendo para jogarem o jogo da Pollyana, vejam bem, estou dizendo para pensarem no que é essencial para vocês, no que realmente importa. Dinheiro? Carros? Roupas? A última moda dos esmaltes coloridos? A cor do seu cabelo? Os seus livros? Sua casa? A comida do seu filho? A sua comida? 

Pois bem, não dá pra jogar tudo fora... afinal, somos humanos e gostamos do conforto da casa, da TV à cabo, do chuveiro quente num dia de frio, de não precisar andar no sol escaldante para ir para o trabalho. Mas é preciso saber administrar o tempo e os relacionamentos e os desejos de consumo da nossa sociedade.

É assim que iremos valorizar mais a vida... o tempo que passamos com as pessoas que estão ao nosso lado... e se vivermos assim, mais fortes, mais saudáveis, mais carinhosos conosco e com os outros, vamos perceber que quando a morte de alguém chegar, quando ela precisar partir, só irá restar as lembranças dos bons momentos vividos, os maus também, eles nos ensinam a viver também.

Tudo se aprende. E se você prestar atenção em mais uma coisinha, vai notar que você sempre está perdendo algo... um fio de cabelo... uma relação... um celular... um copo preferido... a vida é assim um ir e vir constante... apegue-se a sua intemporalidade e perceba o quanto o universo muda e tudo... tudo se transforma... tudo passa... e tudo que passa leva algo consigo e traz algo de novo...

Meio clichê, né? Mas assim é a vida... cheia de clichês...

Enquanto escrevia lembrei de uma sessão, vou chamar assim, da revista Vida Simples.. se não me engano... Gentileza gera gentileza! Lembrem-se disso e assistam o filme "Inquietos", para ajudar a refletir um pouco mais sobre a temática!

2 comentários:

  1. Já falei aqui que sou da turma (diminuta) do "pronto e acabou-se"? Não lembrava. Morte é fim (que dá "finado"). É acabou-se e pronto!
    Esse negócio de ficar se regrando por aqui, visando uma vida depois do fim... não faz minha cabeça, não. Mas o pior de tudo é deixar de viver aqui, ou viver mal, em função de algo que eu nem sei se existe - tem coisa mais tosca?!
    Mas tudo bem... respeito quem pensa assim. Deve fazer bem para quem imagina essas coisas. Então, se se sente bem... CURTA intensamente. Não entendo como os porcos se sentem bem chafurdando na lama, mas se é legal pra eles... que CURTAM intensamente sua lama deliciosa!
    Eu, por mim, prefiro investir NESTA vida o que eu puder para ela ser, senão a melhor vida, ao menos o melhor que eu possa fazer dela.
    Quanto à morte: detesto-a quando me tira pessoas queridas - mas isso é puro egoísmo meu, que as queria mais tempo comigo; e não a quero por perto de mim nos próximos sessenta anos, apesar de ela já ter me dado alguns "toques" discretos de sua existência...
    E chega de falar, que todo mundo deve estar morto de tédio lendo estas bobagens minhas, né? [trocadalho dum carilho de ridículo...]

    Abraço tavareano (...)

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  2. Boa reflexão, Rosário.
    Sugiro também que assista aos filme "O Sétimo Selo" e leia o livro "A Menina Que Roubava Livros". Tratam do tema também.
    Tenha uma boa semana e uma boa vida!

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E aí, o que você divaga sobre isso?